LC
Eventos
2 set 2020
Um encontro caloroso para compartilhar conhecimentos e experiências com Márcia Maria do Nascimento.
Uma história que começa com o sequestro do povo negro, arrancado de suas terras de origem no continente africano, para uma viagem feita de esquecimento, medo, dor e morte. Um genocídio. Um povo marcado pelo sofrimento e pela morte, mas não sem antes ter regado com suor, lágrimas e sangue a terra do Brasil. Não sem ter sido antes transformado em ferramenta de trabalho, em simples animal, sem alma, sem vontade própria, mas servindo para fazer avançar a economia colonial escravista. Mas a memória não se apaga.
Cultura, conhecimentos e experiências se inscrevem e permanecem, apesar de tudo. Muitos povos e famílias foram separados, mas se agruparam e se reorganizaram. Assim nasceram os quilombos e assim começaram as manifestações que dariam vida às primeiras comunidades de terreiros de candomblé.
Meus passos vêm de longe e levam a essas histórias contadas por caminhos de terra onde sou autorizado a caminhar e onde vocês gentilmente me acompanharão ouvindo. Um momento de comunhão e afirmação. Uma forma de emitir um pensamento positivo para todos aqueles que sofrem no mundo. Apreciando plenamente o que temos e o que somos. Compartilhando a comida e fraternalmente.
Serão servidos um Ebô, um Ebô Yá e uma canjica doce. Pastéis preparados à base de milho branco (canjica), oriundos da cultura indígena autóctone, adaptados às manifestações afro-brasileiras e presentes nas mesas rituais e profanas.
Márcia Maria do Nascimento é brasileira, tem 57 anos. É Yaquequerê (Pequena Mãe) do Ilê Asé Egi Omin, um Terreiro de Candomblé no Rio de Janeiro. Iniciada por Yalorixá Wanda Araujo (Ilê Asé Egi Omin), é filha de Iansã e Xangô. Como professora, trabalha sobre a diáspora africana no Brasil por meio de práticas sociais, culturais e afetivas.
Imagem – Associação Oyá